Dia desses, a exuberante Lady Gahyva chamou-me a atenção para as semelhanças que existem entre Wild World, clássico de Cat Stevens, e O Mundo é um Moinho, de Cartola, uma vez que em ambas existe a figura de um narrador empenhado em alertar seu interlocutor dos males do mundo.
Mas se em Wild World o autor se dirige a uma possível companheira, dizendo que “o mundo é selvagem” e que “é difícil passar apenas com um sorriso”, a história por trás de uma das mais belas canções de Cartola é outra, reveladora das angústias de um pai que vê sua filha ir para as ruas ganhar a vida como prostituta.
Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partidaAinda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Sem saber mesmo o rumo que iras tomar
Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
Talvez este seja, na minha opinião, o mais sentimental relato de pai para filho que já tive notícia na música brasileira. Mas esse tipo de narrativa é recorrente enter nossos compositores, muitas vezes utilizado como recurso pelo autor para contar uma história a partir de um ponto de vista diferente do seu. Chico Buarque, por exemplo, incorpora o papel de uma mãe humilde e ingênua que ignora as práticas ilícitas de seu filho, na canção Meu Guri:
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentarTalvez este seja, na minha opinião, o mais sentimental relato de pai para filho que já tive notícia na música brasileira. Mas esse tipo de narrativa é recorrente enter nossos compositores, muitas vezes utilizado como recurso pelo autor para contar uma história a partir de um ponto de vista diferente do seu. Chico Buarque, por exemplo, incorpora o papel de uma mãe humilde e ingênua que ignora as práticas ilícitas de seu filho, na canção Meu Guri:
Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço?
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
Da música brasileira atual resgatei dois exemplos, tirados das canções dos dois compositores da banda Los Hermanos. Em Um Par, música de Rodrigo Amarante, acompanhamos a história de uma mãe com dificuldades de aceitar a independência do filho, como podemos ver no trecho abaixo:
Dê motivo pra outra vez acreditar na cascata da vez
um presente pra mim
mas se eu perguntar
de onde veio esse agrado
você vai gritar!
Diz que é homem feito, sei não!
ah faça-me o favor!
Diga ao menos o que foi que eu faltei em lhe explicar
Diz que a gente sempre foi um par...
Sai domingo diz que é o dia de jogar
mas que jogo eu não sei
Fica até segunda o dia clarear e troféu não se vê!
Entra sem falar, sai correndo e volta outra vez
sem cumprimentar!Nem parece aquele!
Eu rezo, ai deus do céuou alguém no chão
diga-me o que foique eu deixei faltar!
O que eu não consigo é entender
como é que um filho meu é tao diferente assim de mim!
Me faz entender
Finalmente, na canção Adeus Você, de Marcelo Camelo, o autor traz a história de uma mulher que resolve se casar de novo e mudar de cidade (se a história que me contaram for verdadeira, essa mãe seria a mãe de sua esposa e, portanto, sua sogra). A letra é um desabafo desta mulher para sua filha, já adulta, que tem dificuldade em aceitar a decisão de sua mãe:
Adeus você
Eu hoje vou pro lado de láFinalmente, na canção Adeus Você, de Marcelo Camelo, o autor traz a história de uma mulher que resolve se casar de novo e mudar de cidade (se a história que me contaram for verdadeira, essa mãe seria a mãe de sua esposa e, portanto, sua sogra). A letra é um desabafo desta mulher para sua filha, já adulta, que tem dificuldade em aceitar a decisão de sua mãe:
Adeus você
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta e não pensa que eu fui
por não te amar
Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta e não pensa que eu fui
por não te amar
Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante
Adeus você
Não venha mais me negacear
Teu choro não me faz desistir
Teu riso não me faz reclinar
Acalma essa tormenta e se agüenta
que eu vou pro meu lugar
É bom às vezes se perder
Sem ter porque sem ter razão
É um dom saber envaidecer por si
Saber mudar de tom
Quero não saber de cor, também
Pra que minha vida siga adiante
Guardo grande admiração por todos os autores citados, e fico satisfeito por constatar que, em meio a tanta coisa ruim que polui nossos ouvidos ultimamente, ainda haja alguma inspiração lírica na música brasileira.
33 comentários:
Fazendo a ligação com o outro artigo, é aí q vemos como a bossa-nova foi um vácuo poético considerável. Até o Vinícius, cara q muito admiro, escrevia coisas bobas e não tão maneiras quanto as da fase posterior, dos afro-sambas ou da época com o Toquinho... Como bem disse minha pequena, os bossa-novistas pegaram do jazz as harmonias bizarras mas tb o desapego pelas letras. As melodias acabam sendo tão bonitas q a letra pode desaparecer (exemplo: ouvir a Ella Fitzgerald cantando tom Jobim é fantástico, vc nem sente falta das letras originais...). No jazz é a mesma coisa, as letras não costumam primar pela profundidade existencial...
Já esses caras q vc citou são exatamente o contrário né... Porra, um lirismo fantástico, uma narrativa completa... não é aquela punheta da garota de Ipanema ou do barquinho! Embora eu goste de Bossa Nova (Tom, Vinícius e João Marofa - e não Bôscolis, Lyras e Leilas Pinheiros da vida)acho q aquela felicidade blasé deles conseguiu até solapar as letras do velho Vina (q continuam sendo boas, mas menos geniais)...
Por isso q não concordo quando falam em sofisticação do samba... pode ter sofisticado as harmonias, mas simplificaram as letras... houve, hei de concordar com o nobre Casca, um aburguesamento.
Apesar de menos nobre, afinal de contas é um legítimo paraíba q compôs, vc tem q botar aí também "Como nossos pais", do Belchior... presta atenção... é foda.
Abraço
Hahaha .. agora q eu vi q é o próprio título da parada... q seqüela
queridinho buarque e the brothers de uma vez só... isso me faz pensar na utilidade de uma espécie de 'chatômetro', que atribuiria notas em uma escala que iria de Tom Zé (pouco chato) a Cordel do Fogo Encantado (chato pra caralho).
promete pra mim que um dia vcs vão tentar me explicar o que tem de tão legal nesses jovens barbudos pretensiosos, que mais parecem um disco de 78 colocado pra tocar na vitrola de 33?
Nossa, devo concordar dessa vez com o ex-xenófobo!Tem algumas letras do Los Hermanos que parecem as chamadas "músicas de corno", muito simplórias, a ponto de eles receberem o apelido de Loser Manos. Olha um exemplo:
Carol
Carol, me ajuda, por favor
eu juro, não sei mais viver longe de ti
Eu sei, você é meu amor
Imploro, por favor, não sei viver assim
Minha menina linda dos olhos de mel
Princesa de cabelos lisos como um véu
A tua boca de sorriso sem igual
Tua pele clara como as nuvens lá do céu, céu
Carol, eu sei você não vai poder me ajudar a ver você assim,
Eu sei, você é meu amor, imploro, por favor, não sei viver assim
Minha menina linda dos olhos de mel
Princesa de cabelos lisos como um véu
A tua boca de sorriso sem igual
Tua pele clara como as nuvens lá do céu, céu
Mas, claro, eles também cometem seus acertos! Quem sou eu pra discutir sobre música aqui?!
parce zezé di camargo e luciano com barba.
as vezes eles acertam, como por exemplo esa decisão de parar de tocar
Hum, sei não, mas algo me diz que a Bonita está grávida...
"parece zezé di camargo e luciano com barba."
que gênio.
hein? bonita grávida?
ai, meu deus! eu vou ser tia!!!!
ooowwwwwwwww, adorei!
Bruno, sequelas aceitas.
Gigi, acabas de entrar para alista de pessoas crédulas que caíram no conto do Digário (embora eu não leve fé que você tenha levado fé de fato no que ele disse).
Digas, tá com preguiça de escrever?
Casca, o que há de tão legal nesses jovens barbudos pretensiosos é o fato de serem uma banda de rock que não tem apelo jovem.
Aliás, tu acaba de me dar uma idéia pruma nova postagem com esse negócio de chatômetro. Aguarde.
Vivi, Los Hermanos é uma banda que eu gosto bastante, pelos motivos que escrevi acima e por alguns outros, que cito num textículo que escrevi há algum tempo e que devo publicar aqui em breve.
A música que você citou é do primeiro disco, quando eles diziam pros jornalistas (que dependem de rótulos e fórmulas feitas) que eram uma banda de "corno-core" - uma tentativa de definir um estilo musical que misturava o peso do hardcore no som e a melancolia do samba nas letras.
Embora eu ache que a banda melhorou muito de lá pra cá, não vejo problemas em músicas melancólicas e na chamada "dor de corno", presente nos sambas de muita gente boa.
Casca, pra explicar melhor: quando digo "não tem apelo jovem", quero dizer que a temática das letras não é voltada para o público jovem, como são, por exemplo, as letras do quarentão Chorão, do Charlie Brown Jr (aliás, esse "júnior" é bem apropriado, né não?).
É que no Brasil o jovem nunca é levado a sério.
Arthur, meu amor!
Em primeiro lugar, gracias pelo "exuberante". Bondade sua... Tô até fazendo curso pra isso, mas sempre levo bomba nas avaliações...
Meu ponto permanece: adoro Wild World; gosto do Cat Stevens, seja em versão cristã, muçulmana, agnóstica ou pan-mística. No entanto, é inegável sua pobreza poética quando comparado ao Cartola, ou a "Curuminha" do Chico. Metonimicamente falando, a comparação revela a constante pobreza das letras dos yankees safados, afinal há um abismo entre
"But if you wanna leave, take good care / I hope you make a lot of nice friends out there/ But just remember there's a lot of bad and beware"
e, por exemplo,
"Preste atenção querida / de cada amor tu herdarás só o cinismo / quando notares estás à beira do abismo / abismo que cavaste com teus pés.
Em resumo: pra cada "American Pie" que os caras conseguem criar, há uma infinidade de letras medíocres embaladas por belas melodias.
Quanto a essa discussão sobre Los Hermanos, não me meto! Conheço pouco, e os cd's da banda que o bofe deixou no meu carro, os ladrões fizeram o favor de levar (ufa!). Mas o pouco que ouvi... Sei não... Pareceu-me uma espécie de Beatles extemporâneo.
É isso.
Beijo.
Detalhe:
os ladrões pop deixaram meu porta CD recheado de punk rock!
É... Não se fazem mais marginais como antigamente...
"sempre levo bomba nas avaliações"?
Não na minha.
Exuberante Lady, seu comentário dotado de precisão cirúrgica vem a complementar o que o Bruno disse lá em cima, e nos lembra de um ponto interessante: a música popular americana, o blues, tem as letras mais sem-inspiração que já ouvi - e o pior, todas terminam com o cara dizendo que, depois de todas as merdas que aconteceram, ele continua singing the blues.
Eu adoro blues, o som, e curto essa onda melancólica que o som traz. Mas as letras são pífias. No jazz também. Na música popular brasileira o buraco é mais embaixo. Nem American Pie chega perto.
(uma pena que os mais jovens vão se perguntar: "por que é que essa garota tá enaltecendo aquele filme sem graça?" - a não ser que conheçam a versão remix da Madonna).
E que ladrões são esses que roubam los hermanos e deixam punk rock?
Ladrões sensíveis, suponho...
obs: não estou com preguiça, mas sim falta de tempo. Contudo, fora o pequeno recesso de dois dias, as postagens têm saído normalmente, apenas com diferenças de horário. Hoje, inclusive, publicou-se no Contos de Quinta a segunda carta do velho rabugento Nestor Loureiro, sobre finitude.
Ah, e abre logo o jogo porra! Todo mundo já sabe que tu vai ser pai...
Arthur,
Seguinte, eu nunca fui muito chegado a letras... Se vc for me mostrar uma música onde o mais importante é a letra, vou ter que ouvir umas dez vezes, e mesmo assim, vou demorar pra gostar. Música pra mim nem precisa de palavras, mas, quando elas existem, nem assim dou muita importância. É claro que as letras de Chico e Cartola já me tocaram, mas, confesso que para mim, a absorção das letras é um processo, nunca é imediata. Já o mesmo não acontece com a melodia e harmonia. Por isso gosto da bossa.
Quanto ao Los Hermanos, não posso falar muito, porque conheço pouco, parei na época da Ana Júlia... Mas, de antemão, digo: se a música não me agradar, cago pra letra... Nunca tive saco pra Legião Urbana, apesar de reconhecer que as letras (e a voz) do Renato Russo são maravilhosas...
Logo, vc tb acha a voz do Jerry Adriani maravilhosa! Quando eu era pequeno sempre ouvia minha mãe dizendo q "esse rapaz (Renato Russo) imitava o Jerry Adriani", mas sempre achei q fosse maluquice dela... aí quando o renato morreu, o Jerry gravou um disco com músicas dele, e todos puderam perceber q as vozes realmente eram iguais! Não q isso tenha alguma coisa a ver com o q está sendo discutido, mas me lembrei dessa porra...
Ah, parabéns pela novidade Arthur! Segundo o boato q ouvi vc tá providenciando pro bebê nascer no máximo até a primeira semana de agosto, pra já descolar um presentinho de dia dos pais ainda esse ano!
Isso aí, será uma gravidez rápida, de três meses apenas, pra entrar no ritmo frenético da vida moderna...
...são dois filhos da puta mesmo...
É óbvio que eu sei que é caô. Se fosse verdade, te conhecendo como bem o sei, você estaria aqui no meu trabalho chorando desesperado e me esperando pra encher o latão de esquecedor-de-problemas.
Eu acho LH um grande saco.
Eu acho a Helga uma deusa.
Eu só falo com o Diogo depois que a coluna do BVHM for publicada.
beijocas.
Arthur man, let me tell you something about Brazilian music. I am not sure if I told you this before when I was down there so if it's a "repeat" please forgive me...
It was a typical summer day in Boston, while working at a typically shitty job with typically inept and sadistic bosses back in 2001 when I first heard IT.
My friend Norman began playing Brazilian music on our always too big and loud CD player. I think it was a compilation of Jorge Benjor's older stuff. Then came Gilberto Gil's. The thing of it is man, before this moment none of us working there had ever heard Brazilian music before other than the bossa nova they play in dentist offices to help calm the over anxious patients in the waiting room. Shit, most americans have no idea that bossa nova comes from Brazil. We simply call it dentist office or elevator music...
Anyway, the music we all heard that day was fuckin' brilliant. Anyone could recognize it's GENIUS from hearing the very first chords being played.
"Who is that? Where are they from? Why haven't I heard this stuff before???" was what everyone there asked. We could easily tell the music was at least 20 years old but we were all pissed off because of it. How could music that good be ignored for so long??? Well, we all felt robbed man. Cheated...
If guys like Jorge Benjor or Roberto Gil were ever played on american fm radio during their prime, they would have easily made millions. We're talking GODS. Yet they were not and it's just one more of life's numerous tragedies...
A few days later a Brazilian working in my store( she was from Uberlandia and quite possibly Cascarridiculous's former neighbor...) overheard the music we were still playing and commented that it was too old. In fact she considered it to be ancient. Obviously we were rather embarrassed and could understand her point of you but with us it was x-mas all over again.
This particular Brasileira from Uberlandia said she had more "modern" Brazilian music in her car and wanted to know if we would listen to it.
"Of course!!!!" we all said. We reasoned if Brazilian music was that good 25 years ago it must be spectacular by now!!! Or so we thought...
In went the Brasileira's CD and after 10 or 11 minutes of listening I had to do all I could to keep Norman from smashing it on the floor. The stuff she let us hear totally sucked compared to what we were listening to before.
Norman, who took his musical tastes very seriously, was in the midst of a rabid hate frenzy... "What is this fuckin' shit!!!! A Brazilian Britney Spears?????!!!!????"
Instantly, we all knew that Brazil was suffering from the same artificial commercialism with it's music like ours. "Christ, the disease is fuckin' everywhere!!!!! AAAAARRRRRRRGGGGGGGGGHHHH!!!!!"
It wasn't until a year later while living in Brazil that I realized the infamous CD we were all tortured by was Axe music from Yvete Sangalo. I often wonder what Norman would have done to that poor little Brasileira if we heard something from Sandy and Junior or Xuxa...
Yeah, I know you posted this article discussing the lyrics of Brazilian music but man, if the ART is really good, then anyone living anywhere at any time can recognize it's genius. The language of the soul is universal. None of us there could understand a word of Portuguese but we all knew we were listening to something very special and we were all HEARING IT FOR THE FIRST TIME.
As you know I have a have a very big problem as to why things like Brazilian music and literature are not properly introduced to American society. Nelson Rodrigues is not sold on our book shelves and he was one of the 10 greatest writers of the 20th century. It's a shame many Brazilians never appreciated him because Nelson would be immediately accepted as a literary GOD up here.
I feel after recognition comes profound RESPECT. Then try to imagine hundreds of thousands of americans trying to translate the lyrics from songs and novels they like instead of the other way around...
garrett, baixa no e-mule ou no soulseek uma coletânea chamada "Favela Chic" (1,2 e 3). Foi gravada para ser vendida em PAris e tem um monte de música brasileira bacana. Além disso, outra coletânea brasileira maneira é a "Phono 73 - o canto de um povo", que saiu em Berlim e só tem músicas fodas de artistas e produções do período...
se o anônimo não fosse estadunidense eu poderia achar que ele é só inocente. mas prefiro ver como estúpido mesmo. sempre com essa excelente demonstração da fina ironia da terra das oportunidades, como por exemplo essa mui criativa modificação feita no meu nome. quando vejo essas coisas eu entendo um pouco mais como é que coisas tipo 'friends' pode fazer sucesso
4rthur, the brothers nunca, em hipótese alguma, poderia ser 'qualquer-coisa-core'. só se for emo, que aliás não sei de onde tiraram o 'core' pra por ali. aliás, nem banda de rock. e sincersamente, vc sabe que não ter apelo jovem, pra mim, é ponto a favor da banda. eles não são chatos por isso. são chatos por causa das músicas que se arrastam (e não são doom), por causa das letras que pretendem ser profundas, mas são bobas, e que supostamente têm um 'quê' depressivo, que eu acho mais parecido com birrinha de menino mimado, ou pitizinho de adolescente em crise. quer mais apelo jovem que isso? aliás... sem apelo jovem? tá de sacanagem comigo? em qual dos dois dias do show de encerramento voce vai? no dia que voce NÃO FOR, a gente faz uma pesquisa da faixa etária dos frequentadores.
eu realmente acho a sonoridade chata, as letras bobas, a unanimidade e a formação de um séquito de adoradores é irritante, e a pretensão que se desenvolveu a partir da crença dos membros da banda na hipnose de seus fãs é pedante.
bandido escuta funk. nesse caso estavam apenas otimizando esforço. cd pop tem mais aceitação de mercado que cd de punk rock...
Tudo bem, Arthur, aguardo o seu "textículo" para maiores informações. Eu não tenho uma opinião radical sobre Los Hermanos, apenas registrei uma impressão que tinha por algumas letras que considerei ruins (prefiro não citar mais) entre outras boas (Casa pré-fabricada,Cara valente, Conversa de botas batidas). Você responde com elegância até os comentários tipo "casca grossa", que aparecem, isso é admirável! Abraço!
hum....
minha opinião (se é que ela importa!) se resume numa única coisa:
odeio verdades absolutas.
Los Hemanos.... estranho, mas não é ruim. Tem coisa legal (poucas, mas tem) e que vale a pena ouvir.
Cartola é uma 'quase' exceção à regra. Tem coisa um pouco (só um pouco) chatinha, mas ainda assim, vale pela poesia.
Entendi que a proposta do post era a discussão entre a poesia e o tema das letras, e não o mérito pop da banda em questão, e nesse ponto, vamos dar o braço a torcer... foi legal pra caralho!
mas.... se entendi errado, me deixem permanecer no erro porque gostei mais assim!
ahahahahahaa
beijo.
Casca Grossa? Hmmmmmm... You know Arthur, this could be a perfect match! If you are familiar with Shakespeare's "Taming of the Shrew" then you'll know EXACTLY what I am talking about.
Now Casca, before you go into a wild hate frenzy please consider this proposition. You may be the only guy alive capable of doing the job. God knows I tried and failed... If you go through with it and are successful then I'll personally fly down to Brazil ASAP and kiss your ass. Deal? I'll do just about anything for the sake of world peace....
Passo a Passo para uma camiseta personalizada:
Primeiro vc planta o algodão.
Depois vc rega a semente.
Depois vc espera o sol bater, pro calor e a água fazerem a semente germinar...
gringo, so te menciono qdo vc faz referencias a mim. de resto, cago e ando pra tuas paran'oias.
Bruno: 'e muito importante tamb'em prestar atencao `a formacao de uma personalidade, ja que as blusas sao personalizadas...
Grande Casca,
uma personalidade, ainda mais hoje em dia, na era das celebridades instantâneas, é coisa q se faz, e desfaz, da noite pro dia. É um dos últimos passos na criação das camisas personalizadas.
Dá pra só começar a pensar nisso entre a bainha da manga e a costura da gola...
Ainda existem músicas boas para os ouvidos e para o coração... de quebra, para a cabeça, tb. Para mim a "Meu Guri" é insuperável. Me agrada muito essa naturalidade que o Chico consegue ter dentro de uma escrita planejada.
Los Hermanos eu também gosto, mas sinceramente sinto falta de temas mais sociais nas letras de bandas atuais, embora - devo confessar - adore a poesia solta e sem maiores pretensões. O momento sugere, mas com certeza a completa sempre cai melhor.
Sempre achei que "Um par" fosse o pai, não a mãe, falando com o filho.
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